Antes de mais nada, respondo com um sonoro sim. Defendo energicamente a necessidade de ampliarmos os atributos do vinho para além das qualidades do produto. Nós da indústria, sofremos do que David Aaker, autor de Building Strong Brands, classifica de "armadilha do produto".
Uma categoria bem conhecida de consumidores são os colecionadores, aqueles que tanto valorizam ostentar uma raridade em sua adega que até esquecem de desfrutá-la no seu melhor momento. Pois dois colunistas americanos criaram uma data interessante aos apaixonados por vinho (e não apenas colecionadores): o open that bottle night.
Sob o tema "taste locally, publish globally" aconteceu na última semana no luxuoso Meadowood resort em Napa, a quarta edição do Simpósio para Escritores Profissionais de Vinho . O evento, inteiramente financiado por associações locais, foi direcionado a um público seleto de 30 escritores criteriosamente escolhidos.
Imagine um restaurante em que a comida não é boa, mas as pessoas o frequentam pela história da cozinha e do chef. A menos que você esteja de brincadeira, existem muitos bons restaurantes por aí para justificar uma escolha dessas. Agora, substitua a palavra comida por vinho. O que é mais importante pra você: se um vinho é saboroso, ou se ele tem uma boa história por trás?
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Quando estamos familiarizados com determinado assunto é comum assumirmos que outras pessoas também devem saber coisas "básicas" relacionadas ao tema. E ignoramos o processo.
Um tema recorrente quando falamos de marketing do vinho é a necessidade dos produtores de se promoverem eficientemente: comunicarem ao trade e ao consumidor, de preferência de forma inspiradora, sua individualidade. Em outras palavras, o que os diferencia de sua concorrência.